À bordo do Sovereign - Parte I

Todos nós temos algum sonho a ser realizado, e algumas pessoas tem o sonho vinculado a um medo, o meu não era diferente, o sonho de fazer um Cruzeiro estava perto de ser realizado, mas junto a ele, vinha o medo de navegar em alto mar. Bom, chegando o dia da viagem, a ansiedade e o medo tomaram conta de mim, mas, foi só aquela gigantesca parafernália, aquele aglomerado de ferro deixar a terra firme, para, aos poucos,o medo ir saindo. Talvez, por conta da viagem começar a noite, eu tenha ficado mais tranquilo, porém, não o suficiente para ter uma boa noite de sono. Logo cedo, às 5h40, vejo a claridade invadir a nossa cabina, o sol se apresenta pela primeira vez em alto mar. 

Durante a viagem, foram muitos os momentos em que ficávamos ladeados pelo céu e mar, para quaisquer dos lados que olhasse, apenas os dois nos faziam a companhia, e isso, foi me acompanhando e fazendo parte dos pensamentos e do zoom da minha câmera. Fotografar o amanhecer era algo até então maravilhoso, mas, pelo menos em alto mar, nada se compara ao entardecer, algo fantástico, magnífico, uma obra impar. E assim foi os três dias a bordo do Sovereign, um navio de bandeira Malta que encantou aos nossos olhos desde o primeiro momento. Um Navio tão grande aos nossos olhos, mas que se tornava minúsculo na imensidão do oceano, e que ao anoitecer, com suas milhares de luzes, se tornava uma pequena estrela no mar tomado pela escuridão.