Pela segunda vez voltamos a Fazenda Nova para assistir o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, desta vez acompanhada de nossa filha. O dia escolhido foi a quarta-feira, pensando ser um dia mais tranquilo, mas, nos enganamos, a multidão era imensa, hora estávamos perto do cenário, hora estávamos distante, mas nada que tirasse do alcance dos nossos olhos, a beleza do espetáculo. Saber o que acontecerá na cena é inevitável, até pelo fato de você conviver com aquela história desde sua infância, porém, o fato de se renovar todos os anos a cúpula dos atores protagonistas, dá uma curiosidade a mais para acompanhar fixamente cada cena.
Outra coisa inevitável é a emoção, principalmente quando as cenas mais fortes começam a serem encenadas. Você começa a sentir algo diferente, parece que você está vivenciando de fato aquele acontecimento, o clamor das pessoas ao seu redor é surreal e você sem perceber já está envolvido com o espetáculo. Um mundo de sotaques ecoam a imensidão do teatro, você começa a viajar no tempo, tenta visualizar cada cenário como se realmente estivesse ali, naquela época, é mágico, formidável, espetacular.
Bom, ainda é cedo para saber se vou votar ano que vem, a vontade sempre bate, a expectativa para saber os globais que irão protagonizar o espetáculo também, e assim, você vai esperando cada mês passar até se aproximar o dia em que Plínio Pacheco anuncie a próxima Paixão.
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